segunda-feira, 13 de abril de 2015

Administração Financeira


                                                     ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA                                
 
                                                     ANÁLISE DE CUSTOS  RECEITAS




                                                                        AUTOR

O autor, Luiz Carlos B. de Freitas, é aposentado, bacharel em Ciências Contábeis e Atuariais, formado pela Faculdade de Ciências Econômicas da PUC/RS, com vários cursos de extensão, inclusive na FGV/RJ. Foi professor do ensino técnico e proferiu inúmeros cursos relacionados a Administração Financeira. Foi técnico do BRDE em Projetos Financeiros para industriais de vários segmentos, foi Gerente e Diretor de Industrias no RS. Observando os trabalhos e vídeos na internet, verificou que poderia ainda ser útil a muitos empresários, empreendedores, estudantes de contabilidade, economia e administração de empresas.
Sua especialização é a área da Administração Financeira, em especial em projetos empresariais, controle de produção, análise de custos operacionais das empresas.

                                                                  INTRODUÇÃO

Ao observar a figura na inicial, temos um punhado de moedas e sob elas o crescimento de uma planta. Esta figura contempla o propósito deste trabalho. É fazer que um amontoado de moedas possam fortificar uma proposta financeira para o bem social de um empreendedor, de um empresário.

Todas as empresas, independente do seu porte, (grande, média, pequena, micro) devem praticar em sua área financeira um sistema de controle. Trata-se de uma estrutura que não muda em seu esqueleto estrutural, independente do seu porte. Para quem se considera um empreendedor e espera ter seu empreendimento com o sucesso esperado, deve ter conhecimento dessas informações financeiras. O que altera é apenas o seu conteúdo.
 Isto não quer dizer que um empreendedor na sua inicial no do seu empreendimento não funciona sem esses conhecimentos financeiros. Mas a medida que suas atividades vão evoluindo, e que sejam necessários responder a dúvidas do conhecimento de sua atividade, para a ampliação, do crescimento operacional, os informes sobre a situação financeira e de resultados se fazem necessários.
O Fluxo de Caixa, é um principais e iniciais controles que devem ter um empreendedor. Deve fazer todos os registros, acompanhar a sua evolução mensal e analisar os valores de forma individual e coletiva.
A gestão financeira pelos controles dos direitos e das obrigações e seus prazos e encargos, também são necessários.
A existência de um profissional da contabilidade, ao elaborar  o Plano de Contas e os dados contábeis do empreendimento, com os informes Patrimoniais e de Resultados também são importantes para orientar o gerenciamento do empreendimento sobre outros aspectos da administração financeira, isto é, na questão das relações de capitais próprios e de terceiros, dos encargos financeiros, dos custos operacionais, da solidez do negócio, dos encargos tributários, do endividamento, e outros dados importantes para bem gerenciar o negócio.
Um outro importante elemento na gestão financeira é o exame do faturamento e dos custos que incidem no produto ou nos produtos.
Questões como: o ponto de equilíbrio do empreendimento; quanto precisa faturar para amortizar o investimento do empreendimento; qual o seu custo fixo; qual o custo variável dos produtos;  como determinar os preço dos produtos; qual o prazo de retorno do capital investido; qual o lucro marginal dos produtos; quais os produtos com os melhores resultados econômicos; onde pode conceder descontos especiais e promover ainda mais as vendas sem comprometer o negócio  e o faturamento devem estar no pleno conhecimento do empreendedor. 
As respostas podem ser plenamente obtidas com base em planilhas financeiras e sua análise facilitada, para as tomadas de suas decisões.
Os trabalhos de manutenção das informações deverão ser permanentes, atualizadas constantemente.
Ao expor sobre a importância da administração financeira, não queremos priorizar em relação aos outros importantes fatores da administração empresarial, como: a administração de pessoal; do atendimento a clientes; do marketing; do relacionamento com fornecedores; etc. Todos são também importantes para o êxito do negócio.

                                          DA ESTRUTURA DE DADOS FINANCEIROS
                                              Análise de resultados e custos operacionais





A figura acima quer expressar a nossa ação. Através do exame de planilhas, de cálculos das informações extraídas podemos obter meios para melhor decidir um empreendimento.

Como já citamos o primeiro elemento de controle operacional citado pelos autores da área financeira,  tem sido o registro do Livro Caixa. É onde registramos os recebimentos e os pagamentos efetuados em moeda. Um outro elemento também de suma importância é a contabilidade, elaborada por técnico competente. Temos também, o controle do faturamento; individualizado por dia, por clientes, por prazo de recebimento, seguidos; do controle das obrigações com os encargos com fornecedores; de pessoal; tributários;  e gastos gerais. Com esses elementos bem estruturados em planilhas temos todos os informes para analisar e tomar decisões na área financeira. Caberá ao responsável pela contabilidade elaborar os balancetes de modo que atenda aos interesses principalmente do empresário, sem se descuidar das obrigações fiscais, tributárias e legais.
Quando um empresário pretende abrir uma filial, comprar novos equipamentos, investir em pesquisas e desenvolvimento de produtos, a escolha pode ser difícil se não disponha de dados importantes de sua empresa no campo financeiro.

DA ANÁLISE ECONÔMICA DO EMPREENDIMENTO PELO FATURAMENTO E DOS                                                               CUSTOS OPERACIONAIS.

A análise econômica do empreendimento é baseada no Balanço de Resultados da Contabilidade. A análise tem seis (6) elementos que são fundamentais para verificar a situação econômica da empresa. São os seguintes: 1 – Faturamento; 2 – Custos Variáveis; 3 – Lucro Marginal; 4 – Custos Fixos; 5 – Resultados; 6 – Valor do investimento.
Como Faturamento são todas as vendas de produtos realizadas num período estabelecido.
 Custo Variáveis são aqueles que se elevam, se alteram com o faturamento em condições, de uma certa forma, proporcionais. Na venda de um produto ou de vários produtos as proporções entre faturamento e os custos são mais ou menos iguais na sua proporcionalidade.
 Lucro Marginal é a diferença entre o faturamento e os custos variáveis. Em outras palavras, é o valor que sobra á medida que se altera o faturamento em seus volumes.
Os Custos Fixos são aqueles encargos que não se modificam proporcionalmente em relação ao faturamento. São independentemente do valor do faturamento. Como exemplo, temos os encargos com aluguéis, pro labore, serviço contábil, salários, encargos e benefícios sobre os salários, (exceção daqueles que incide diretamente no valor da venda), transporte da administração, luz, água, telefonia, internet.  
Os Resultados Operacionais são relativos ao lucro ou prejuízo operacional liquido, saldo positivo ou negativo das atividades operacionais. Aquilo que sobra, despois de abater todos os custos incidentes na empresa na área operacional, em determinado momento.
O Valor do Investimento é aquilo que empresários, ou sócios investiram para alcançar o faturamento. Trata-se de um encargo que o investidor vai definir em que prazo espera ter o retorno do capital ou que o faturamento a um determinado valor pode lhe proporcionar. É um valor que muitos entendem como sendo um custo fixo, levando em conta o seu total relacionado ao prazo para o retorno do valor aos investidores.
Apurado os valores dos elementos acima citados pode-se determinar: Qual o Ponto de Equilibro da Empresa. Isto é a relação dos Custos Fixos com a Margem de Contribuição; Da mesma forma o Ponto de Equilibro do Projeto, uma relação entre o valor do Investimento no Projeto relacionado ao da Margem de Contribuição; Ainda, na análise temos o Tempo de Retorno do Investimento. Uma relação entre o Investimento Total do Projeto com o Lucro mensal ou anual, apurados em quantos anos ou meses que o investimento deverá retornar aos investidores, se o faturamento se manter dentro do que ocorreu no período.
Há  outros elementos de análise que no decorrer dos trabalhos poderão ser expostos.

                                                ILUSTRAÇÃO, DEMONSTRAÇÃO 
                            ANALISE DOS RESULTADOS E CUSTO OPERACIONAIS

Vamos tomar como dados para ilustração os dados de um ano de exercício. Porque esse período? Decorre que os serviços contábeis realizam o fechamento de um exercício social. Que ao encerrar  o exercício social o Contabilista registra  os valores dos estoques do final do ano, apura todos os elementos necessários  para a análise com a devida facilidade. Com a extração dos elementos da contabilidade o administrador poderá ter os dados com mais precisão. Temos que citar que esta posição é para quem realiza o registro de todas as operações. Quando isso não ocorre a análise deve ser extra-contábil.
O faturamento é o montante das vendas no exercício. Na análise considera somente o que se relaciona aos produtos da empresa. Apura valores, quantidades, tipos. Vamos admitir que o faturamento do exercício decorrente da venda dos produtos seja de R$ 100.000,00.
Para apurar os Custos Variáveis, se processa uma análise de todos os itens que componha os custos da empresa no período, inseridos no Balanço de Resultados, classificando-os em Custos Variáveis e Custos Fixos. Normalmente o item principal dos Custos Variáveis se encontra no item Compras de Produtos. Requer uma análise da individualização dos itens para apurar o respectivo valor, separando compras extras de produção, custos fixos. Temos também outros custos variáveis incidentes em outros custos, como no Financeiro, aquilo relativo ao faturamento a prazo e descontado nas instituições financeiras, no Custo Tributário, aquilo que é relativo as vendas, como exemplo o ICMS, O INSS sobre faturamento. No Custo com Ordenados e Salários, aqueles que foram relativos a Mão de Obras Diretas, salários dos trabalhadores da Produção. Vamos admitir que o total dos Custos Variáveis, atingiram o valor de R$ 60.000,00. Dos demais custos deve-se verificar aquilo que é ligado ao faturamento e o que não são custos operacionais propriamente dito. Vamos admitir um Custo Fixo de R$ 28.000,00. Para a análise do investimento, os valores do Ativo, posicionados no Patrimônio Não Exigível apura-se o valor investido, admitindo-se que todo o investimento foi contabilizado, no Imobilizado, caso tenha ocorrido investimento com compras a prazo. Vamos admitir que os Investimentos sejam de R$ 100.000,00. Vejamos então a integração dos elementos:
                        Faturamento (F)                                            R$    100.000,00    100,00 %
                        Custos Variáveis   (CV)                               R$      60.000,00       60,00%
                        Lucro Marginal   (LM)  (F-CV)                   R$      40.000,00       40,00%
                        Custos Fixos  (CF)                                        R$      28.000,00       28,00%
                        Resultado Operacional (RO)(LM-CF)        R$      12.000,00       12,00%

                        Investimentos    (I)                                       R$    100.000,00

Em princípio, podemos dizer que a produção  tem uma Margem de Contribuição de 40,00% Isto é, que para um faturamento um pouco maior ou menor, seguirá na faixa dos 40% do faturamento os custos variaáveis..
Para conhecer o Ponto de Equilíbrio, compara-se os Custos Fixos com a Margem de Contribuição. Temos então um valor de faturamento de R$ 70,000,00 (Divisão de 28.000,00/0,40)
Um faturamento menor que R$ 70.000,00 certamente a empresa terá prejuízo.
Para conhecer o Tempo de Retorno do Investimento, usamos a relação, Investimento com o Resultado Operacional, (R$ 100.000,00/12.000,00 = 8,33. Ou seja, 8 anos e +/- 4 meses).
A exposição apresentada leva em consideração a existência de apenas um produto ou a média dos produtos. Da mesma forma não levamos em consideração a existência na contabilidade valores de receitas ou custos extras produção.  Assunto a ser abordado em próximas exposições.
Isto é uma parte importante da administração financeira, há ainda inúmeras questões que envolve o conhecimento financeiro da empresa.
Acreditamos ter sido útil ao administrador ou empreendedor.

Se desejam obter mais detalhamento do processo escrevam para o  e- mail lcbfreitas@yahoo.com.br que apresentaremos mais esclarecimentos ou meios para se sentirem mais aptos na análise da administração financeira.