ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
ANÁLISE DE CUSTOS RECEITAS
ANÁLISE DE CUSTOS RECEITAS
AUTOR
O autor, Luiz Carlos B. de Freitas, é aposentado, bacharel
em Ciências Contábeis e Atuariais,
formado pela Faculdade de Ciências Econômicas da PUC/RS, com vários cursos de
extensão, inclusive na FGV/RJ. Foi professor do ensino técnico e proferiu
inúmeros cursos relacionados a Administração Financeira. Foi técnico do BRDE em
Projetos Financeiros para industriais de vários segmentos, foi Gerente e
Diretor de Industrias no RS. Observando os trabalhos e vídeos na internet,
verificou que poderia ainda ser útil a muitos empresários, empreendedores,
estudantes de contabilidade, economia e administração de empresas.
Sua especialização é a área da Administração Financeira, em
especial em projetos empresariais, controle de produção, análise de custos
operacionais das empresas.
INTRODUÇÃO
Ao observar a figura
na inicial, temos um punhado de moedas e sob elas o crescimento de uma planta.
Esta figura contempla o propósito deste trabalho. É fazer que um amontoado de
moedas possam fortificar uma proposta financeira para o bem social de um
empreendedor, de um empresário.
Todas as empresas, independente do seu porte, (grande,
média, pequena, micro) devem praticar em sua área financeira um sistema de
controle. Trata-se de uma estrutura que não muda em seu esqueleto estrutural,
independente do seu porte. Para quem se considera um empreendedor e espera ter
seu empreendimento com o sucesso esperado, deve ter conhecimento dessas
informações financeiras. O que altera é apenas o seu conteúdo.
Isto não quer dizer
que um empreendedor na sua inicial no do seu empreendimento não funciona sem
esses conhecimentos financeiros. Mas a medida que suas atividades vão
evoluindo, e que sejam necessários responder a dúvidas do conhecimento de sua
atividade, para a ampliação, do crescimento operacional, os informes sobre a
situação financeira e de resultados se fazem necessários.
O Fluxo de Caixa, é um principais e iniciais controles que
devem ter um empreendedor. Deve fazer todos os registros, acompanhar a sua
evolução mensal e analisar os valores de forma individual e coletiva.
A gestão financeira pelos controles dos direitos e das obrigações
e seus prazos e encargos, também são necessários.
A existência de um profissional da contabilidade, ao
elaborar o Plano de Contas e os dados
contábeis do empreendimento, com os informes Patrimoniais e de Resultados
também são importantes para orientar o gerenciamento do empreendimento sobre
outros aspectos da administração financeira, isto é, na questão das relações de
capitais próprios e de terceiros, dos encargos financeiros, dos custos
operacionais, da solidez do negócio, dos encargos tributários, do
endividamento, e outros dados importantes para bem gerenciar o negócio.
Um outro importante elemento na gestão financeira é o exame
do faturamento e dos custos que incidem no produto ou nos produtos.
Questões como: o ponto de equilíbrio do empreendimento; quanto
precisa faturar para amortizar o investimento do empreendimento; qual o seu
custo fixo; qual o custo variável dos produtos; como determinar os preço dos produtos; qual o
prazo de retorno do capital investido; qual o lucro marginal dos produtos;
quais os produtos com os melhores resultados econômicos; onde pode conceder
descontos especiais e promover ainda mais as vendas sem comprometer o negócio e o faturamento devem estar no pleno
conhecimento do empreendedor.
As respostas podem ser plenamente obtidas com base em
planilhas financeiras e sua análise facilitada, para as tomadas de suas
decisões.
Os trabalhos de manutenção das informações deverão ser permanentes,
atualizadas constantemente.
Ao expor sobre a importância da administração financeira,
não queremos priorizar em relação aos outros importantes fatores da
administração empresarial, como: a administração de pessoal; do atendimento a
clientes; do marketing; do relacionamento com fornecedores; etc. Todos são também
importantes para o êxito do negócio.
DA ESTRUTURA DE DADOS
FINANCEIROS
Análise de resultados e custos operacionais
Análise de resultados e custos operacionais
A figura acima quer
expressar a nossa ação. Através do exame de planilhas, de cálculos das
informações extraídas podemos obter meios para melhor decidir um empreendimento.
Como já citamos o primeiro elemento de controle operacional
citado pelos autores da área financeira,
tem sido o registro do Livro Caixa. É onde registramos os recebimentos e
os pagamentos efetuados em moeda. Um outro elemento também de suma importância
é a contabilidade, elaborada por técnico competente. Temos também, o controle
do faturamento; individualizado por dia, por clientes, por prazo de
recebimento, seguidos; do controle das obrigações com os encargos com
fornecedores; de pessoal; tributários; e
gastos gerais. Com esses elementos bem estruturados em planilhas temos todos os
informes para analisar e tomar decisões na área financeira. Caberá ao
responsável pela contabilidade elaborar os balancetes de modo que atenda aos
interesses principalmente do empresário, sem se descuidar das obrigações
fiscais, tributárias e legais.
Quando um empresário pretende abrir uma filial, comprar
novos equipamentos, investir em pesquisas e desenvolvimento de produtos, a
escolha pode ser difícil se não disponha de dados importantes de sua empresa no
campo financeiro.
DA ANÁLISE ECONÔMICA
DO EMPREENDIMENTO PELO FATURAMENTO E DOS CUSTOS OPERACIONAIS.
A análise econômica do empreendimento é baseada no Balanço
de Resultados da Contabilidade. A análise tem seis (6) elementos que são fundamentais para
verificar a situação econômica da empresa. São os seguintes: 1 – Faturamento; 2
– Custos Variáveis; 3 – Lucro Marginal; 4 – Custos Fixos; 5 – Resultados; 6 –
Valor do investimento.
Como Faturamento
são todas as vendas de produtos realizadas num período estabelecido.
Custo Variáveis são aqueles que se elevam,
se alteram com o faturamento em condições, de uma certa forma, proporcionais. Na
venda de um produto ou de vários produtos as proporções entre faturamento e os
custos são mais ou menos iguais na sua proporcionalidade.
Lucro Marginal é a diferença entre o
faturamento e os custos variáveis. Em outras palavras, é o valor que sobra á
medida que se altera o faturamento em seus volumes.
Os Custos Fixos
são aqueles encargos que não se modificam proporcionalmente em relação ao
faturamento. São independentemente do valor do faturamento. Como exemplo, temos
os encargos com aluguéis, pro labore, serviço contábil, salários, encargos e
benefícios sobre os salários, (exceção daqueles que incide diretamente no valor
da venda), transporte da administração, luz, água, telefonia, internet.
Os Resultados Operacionais
são relativos ao lucro ou prejuízo operacional liquido, saldo positivo ou
negativo das atividades operacionais. Aquilo que sobra, despois de abater todos
os custos incidentes na empresa na área operacional, em determinado momento.
O Valor do
Investimento é aquilo que empresários, ou sócios investiram para alcançar o
faturamento. Trata-se de um encargo que o investidor vai definir em que prazo
espera ter o retorno do capital ou que o faturamento a um determinado valor
pode lhe proporcionar. É um valor que muitos entendem como sendo um custo fixo,
levando em conta o seu total relacionado ao prazo para o retorno do valor aos
investidores.
Apurado os valores dos elementos acima citados pode-se
determinar: Qual o Ponto de Equilibro da Empresa. Isto é a relação dos Custos
Fixos com a Margem de Contribuição; Da mesma forma o Ponto de Equilibro do
Projeto, uma relação entre o valor do Investimento no Projeto relacionado ao da
Margem de Contribuição; Ainda, na análise temos o Tempo de Retorno do
Investimento. Uma relação entre o Investimento Total do Projeto com o Lucro
mensal ou anual, apurados em quantos anos ou meses que o investimento deverá retornar
aos investidores, se o faturamento se manter dentro do que ocorreu no período.
Há outros elementos de análise que no decorrer dos trabalhos
poderão ser expostos.
ILUSTRAÇÃO,
DEMONSTRAÇÃO
ANALISE DOS RESULTADOS E CUSTO OPERACIONAIS
ANALISE DOS RESULTADOS E CUSTO OPERACIONAIS
Vamos tomar como dados para ilustração os dados de um ano de
exercício. Porque esse período? Decorre que os serviços contábeis realizam o
fechamento de um exercício social. Que ao encerrar o exercício social o Contabilista registra os valores dos estoques do final do ano,
apura todos os elementos necessários
para a análise com a devida facilidade. Com a extração dos elementos da
contabilidade o administrador poderá ter os dados com mais precisão. Temos que
citar que esta posição é para quem realiza o registro de todas as operações.
Quando isso não ocorre a análise deve ser extra-contábil.
O faturamento é o
montante das vendas no exercício. Na análise considera somente o que se
relaciona aos produtos da empresa. Apura valores, quantidades, tipos. Vamos
admitir que o faturamento do exercício decorrente da venda dos produtos seja de
R$ 100.000,00.
Para apurar os Custos
Variáveis, se processa uma análise de todos os itens que componha os custos
da empresa no período, inseridos no Balanço de Resultados, classificando-os em
Custos Variáveis e Custos Fixos. Normalmente o item principal dos Custos
Variáveis se encontra no item Compras de Produtos. Requer uma análise da
individualização dos itens para apurar o respectivo valor, separando compras
extras de produção, custos fixos. Temos também outros custos variáveis
incidentes em outros custos, como no Financeiro, aquilo relativo ao faturamento
a prazo e descontado nas instituições financeiras, no Custo Tributário, aquilo
que é relativo as vendas, como exemplo o ICMS, O INSS sobre faturamento. No
Custo com Ordenados e Salários, aqueles que foram relativos a Mão de Obras
Diretas, salários dos trabalhadores da Produção. Vamos admitir que o total dos
Custos Variáveis, atingiram o valor de R$ 60.000,00. Dos demais custos deve-se
verificar aquilo que é ligado ao faturamento e o que não são custos
operacionais propriamente dito. Vamos admitir um Custo Fixo de R$ 28.000,00. Para a análise do investimento, os
valores do Ativo, posicionados no Patrimônio Não Exigível apura-se o valor investido,
admitindo-se que todo o investimento foi contabilizado, no Imobilizado, caso
tenha ocorrido investimento com compras a prazo. Vamos admitir que os Investimentos sejam de R$ 100.000,00. Vejamos
então a integração dos elementos:
Faturamento
(F) R$
100.000,00
100,00 %
Custos Variáveis (CV) R$ 60.000,00 60,00%
Lucro
Marginal (LM) (F-CV) R$
40.000,00 40,00%
Custos Fixos (CF) R$ 28.000,00 28,00%
Resultado Operacional (RO)(LM-CF) R$ 12.000,00 12,00%
Investimentos (I) R$ 100.000,00
Em princípio, podemos dizer que a produção tem uma Margem
de Contribuição de 40,00% Isto é, que para um faturamento um pouco maior ou
menor, seguirá na faixa dos 40% do faturamento os custos variaáveis..
Para conhecer o Ponto
de Equilíbrio, compara-se os Custos Fixos com a Margem de Contribuição.
Temos então um valor de faturamento de R$ 70,000,00 (Divisão de 28.000,00/0,40)
Um faturamento menor que R$ 70.000,00 certamente a empresa
terá prejuízo.
Para conhecer o Tempo
de Retorno do Investimento, usamos a relação, Investimento com o Resultado
Operacional, (R$ 100.000,00/12.000,00 = 8,33. Ou seja, 8 anos e +/- 4 meses).
A exposição apresentada leva em consideração a existência de
apenas um produto ou a média dos produtos. Da mesma forma não levamos em
consideração a existência na contabilidade valores de receitas ou custos extras
produção. Assunto a ser abordado em
próximas exposições.
Isto é uma parte importante da administração financeira, há
ainda inúmeras questões que envolve o conhecimento financeiro da empresa.
Acreditamos ter sido útil ao administrador ou empreendedor.
Se desejam obter mais detalhamento do processo escrevam para o e- mail lcbfreitas@yahoo.com.br que
apresentaremos mais esclarecimentos ou meios para se sentirem mais aptos na
análise da administração financeira.